E tudo começou porque eu queria "treinar" meu pobre espanhol....
07/07/2010
– Miércules – Araraquara/São Paulo
- E aqui se inicia minha
pequena viagem de duas semanas (já conturbada por motivos que não valem a pena
comentar) e que eu espero seja boa e inesquecível! Vamos a “estudiar español em Ecuador”....
- Saí de Araraquara com meus pais, Di e Josy,
o golzinho carregado, um pouco antes da meia-noite da Quarta-Feira. “Manejé un poco y Di un otro poco (más grande) hasta el
aeropuerto de Guarulhos/SP”.
- Chegando ao aeroporto
descobri que perdi meu celular na estrada. No posto, quando troquei de lugar
com o Di, no outro posto, sei lá, só sei que não estava comigo. Tudo bem que ele não me serviria para “llamar en Ecuador,
pero yo perdió mi muy amigo despertador”. Já na fila do check-in
estava ligando para a Tim para fazer o bloqueio e, meu pai ligaria para Vivo
chegando a Araraquara.
- Tudo certo, checado, então
fui passar um tempo com meus amores antes do tchau, dar uma voltinha e comer
nas lanchonetes suuuuper baratas do aeroporto. Por isso que só os ricos viajam
de avião....rsrs. Despedi-me dos meus pais, do Di, da Josy, e o abraço mais
dolorido foi o dela, pois quando eu voltar do Equador, ela provavelmente já
estará na China “bailando”. Que dor no coração!
- Embarquei às 6h em
Guarulhos, na classe econômica (pouco apertada) num vôo de quase 5h até Lima no
Perú. Ah, quase morri na subida do avião e depois na aterrissagem...ainda bem que
estava no corredor “y no en la ventana”. A comida no avião, para periquito,
chega a ser engraçada, mas me dei bem. E, lá mesmo já tive o enorme desprazer
de experimentar um “chafé” (água com café...rsrs)....aparentemente muito comum
no Equador.
- Chegando a Lima, tive 50
minutos para fazer conexão para Quito. Atrasou 1h a saída do avião....(Señor!!).....Em
Quito, também demorei 1h para sair do aeroporto....já que era um pouco
desorganizado sair de lá!! A essa altura, Karen já estaria me esperando há 2h.
- Assim, depois de quase 10
horas viajando (incluindo o fuso de duas horas a menos aqui do Equador) encontrei
Karen no aeroporto com sua mãe Maria. Me receberam com rosas – que lindo né!? – “y el aeropuerto a través de la
ciudad a su casa”....cerca de 1 hora. No caminho fomos a uma
fruteria e eu pedi uma “ensalada de frutas”....nossa, era enooooooooooorme e
barata. A fruteria era num shopping e andamos um pouco por lá enquanto sua mãe
fazia compra no supermercado.
- Fomos para sua casa – casa
de Karen – conheci sua vó (mãe de sua mãe e de Julio, meu professor de espanhol
no Brasil), seus priminhos, sua irmã Érika e seu pai Joaquin. O banho foi “helado”,
pois não sabia como regular a temperatura (ou “se pone demasiado caliente o
demasiado frío”....complicadíssimo!!). Depois do banho falei com minha mamita e
com o Di na net rapidinho e....cochilo (a esta altura, muito necessário).
- À noite fomos a uma
discoteca – Zócalo – comemorar os “cumpleaños” de Bernarda e conheci os amigos
de Karen da classe de português: Javier, Carolina, Ricardo, Davi, Priscila,
Andréa. “Hicimos una classe de portunhol” riquíssima...rsrs. Eles dançaram
muito Reggaeton e eu só “mirava”. Tocou
samba “y si yo no bailaba” eles iam me “pegar”....rsrs.
- “Aquí en el Ecuador les gusta mucho....pitar”. Buzinam
a todo o momento. Parece até que não têm paciência. Os motoristas são “muy
enojados” e andam a mil por hora. Os taxis são imensamente baratos em relação
ao Brasil e também andam rápido. Se pode “cogir” de taxi por 2, 3 dólares em
distâncias longas. Não há muitas motos, mas sim muitíssimos táxis “pitando en
las calles”.
09/07/2010
– Viernes – Quito/Guayaquil
- Cedo já fomos para o outro
lado da cidade e conheci a “tienda de sus padres: una ferretería”; eles têm
outra casa sobre a loja, onde se vive o irmão de Karen, Andres. Falei com o Di
na net um pouco e com mamis. Comi um lanche de “pollo muy bueno” e fomos para o
terminal terrestre para enfrentar quase nove horas dentro de um ônibus.
Detalhe....quase perdemos o bus.
- A viagem foi longa. Havia
vendedores que entravam e saiam do ônibus por todo o caminho (um ônibus
pinga-pinga mesmo). Comprei umas coisinhas “dulces” para a dona Maria – minha
mãe. Paramos “en la Província de Santo Domingo” e, lá se vendia banana salgada (Banana
salgada?....Sim!....E é direto da bananeira.....uma delícia!!) e, também banana
doce no estilo Ruffles, muito bom! Chamam aqui de “chifles y chifles de dulce”.
Também comi “ajonjolí” – que é uma bolinha doce de gergelim...ótimo, mas estou
mesmo é apaixonada por “chifles”.
- Chegamos a Guayaquil a
noite e a prima de Karen – Mary(cita) – e seu marido Edgar (um pouco
extravagante) foram nos buscar. Quando me levaram ao hotel que havia reservado,
não me deixaram ficar lá, por se tratar de “una región muy peligrosa”. Fui para
a casa de Marycita! No caminho paramos para comer: arroz, feijão e frango
(tradicional daqui acredita?). Pareciam os PFs do Brasil, mas mais barato e o
feijão – tenham certeza – não têm o mesmo sabor. Vinha acompanhado de “verdes
fritos o patacones” (“hecho” de banana verde). Depois fiquei no quarto/ape do primo
de Karen (uau....um apart/hotel só para mim com TV grandona....eeeee). Ufa,
segurança! Mas havia um probleminha, não há água “caliente” em Guayaquil
(somente em alguns lugares) e, onde eu estava = água fria (da torneira da
parede). Só aí entendi porque os hotéis descreviam: “con água
caliente”.....rsrs. Foi quaaaase um banho de gato, não fora pelo fato de que
precisava urgentemente lavar o cabelo.....rsrs.
- Não dormi...desmaiei!
10/07/2010
– Sábado – Guayaquil
- Pela manhã Karen foi à aula
em seu curso de aeromoça (que aqui não chama aeromoça, mas “Tripulante de
cabina o azafata” e também não se fala usualmente moça, pois “moça” significa
amante!). Eu preferi ficar no aeroporto usando a net para falar com o pessoal
no Brasil, a “molestar su prima con mi presencia”. Fiquei umas 3h no aeroporto tagarelando
e fui ao shopping “Mall Del Sol” (que a princípio disse ao taxista “Mall Del
Mundo, por favor, señor”, ele riu, claro!).
- Andei por umas 2h pelo
shopping, tentando descobrir como poderia fazer uma ligação no orelhão, que era
com cartão e, não se vendia cartão em lugar algum, mas consegui, comprei “una
tarjeta de Porta por 3 dólares”, e já estava morrendo de cansaço quando liguei
para Karen, ela me encontrou e fomos de volta à casa de sua prima. Certamente, aproveitei “y compró una ensalada para comer
en el camino”....rsrs.
- Tomei um banho (no
chuveiro torneira) – estava muito calor – e depois fomos para a região central
de Guayaquil, novamente, para conhecer algumas coisas. Seríamos guiadas por uma
amiga de Karen, mas ela chegou bem tarde, tarde mesmo, perdemos um bom tempo
esperando (é costume que se atrasem assim), além disso, ela não fez conosco
nada que pudéssemos ter feito “sólas” (chato!).
- Fomos ao Malecón. Um rio muito
conhecido, com um calçadão bem movimentado, especialmente no Sábado. Lembrou-me
Santos. Também entramos num “museo” de miniaturas – bonitinho. Depois comi “yogurt di naranjilla con pan de yuca”....bom
hein! Tirei
muitas fotos e, quaaaaase tivemos tempo de subir os 400 degraus até a igreja,
mas tínhamos que ir embora (por causa da tal periculosidade de Guayaquil....que
parece ser como o Rio).
- À noite fomos buscar o
primo de Karen – Rodrigo – que “estaba regresando de la playa”. Fomos todos
jantar os mesmos pratos tradicionais do dia anterior. Rodrigo é um garoto “muy
guapo” e, que queria falar em inglês comigo, mas ficou bastante envergonhado. Além
disso, eu não entendia nada do que ele falava em seu espanhol jovem e rápido....rsrs.
11/07/2010
– Domingo – Guayaquil/Cuenca
- De manhã Marycita e
Rodrigo nos levaram ao terminal terrestre. Eu e Karen almoçamos por lá e cada
uma seguiu seu destino: ela voltou à Quito e eu vim para Cuenca. Ah, nos
disputaram, entre as empresas, gritando como feirantes, para comprar a passagem
(“chistoso”!). Falei com o Di um tikinho antes de embarcar – mais saudade. Ouvi
todo o jogo da final da copa (Espanha x Holanda) pelo mp4 no ônibus. “España fue campeón en la segunda mitad del tiempo extra
.... hermoso!”.
- Fotografei toda a viagem.
Muito bonita. “Toda la sierra es muy
bella”. Paramos
muito e passamos por Bíblian e Azogues, cidades no caminho. Cheguei a Cuenca e
vim direto para o hotel (Hostal Casa Del Barranco), “que és mejor que lo otro
que se quedaría en Guayaquil”. Também tem wi-fi e pude falar com minha mãe. Banho
queeeeente....eeee...mas também difícil de regular a temperatura, e ainda se
parece com uma torneira. Ducha pelo jeito é lenda aqui...rsrs.
- Saí para jantar – “sopa de
vegetales y ensalada de frutas”, já aproveitei e liguei para Karen em uma
“cabina” numa “tienda” de internet. Tem uma a cada esquina aqui, assim como
lojas que vendem CDs e DVDs não originais.... “chinos”....rsrs. Ah, as “cabinas”
existem aos montes em todo o Equador para que se ligue para a Espanha a preços
mais baratos. Há muitas “personas” com famílias lá e vice-versa.
- Minha cama não era muito
aconchegante, mas dormi bem. De novo desmaiei!
12/07/2010
– Lunes – Cuenca
- Acordei cedo e falei mais
um pouco com minha mãe na net. “Caminé
por la mañana cerca del hotel en lo Centro Histórico de Cuenca”. Nessa
caminhada uma coisa estranha, “una Chola” (são aquelas mulheres que se vestem
de forma bem tradicional aqui, com tranças, saias, chapéu e lenços) parou do
ladinho do muro e sem nem mesmo movimentar sua saia, só abriu as pernas e
fez....xixi! Aaaaaaaaaaaa.....sim...fez
xixi....rsrs. “No creer, pero cierto”....rsrs.
- Continuei caminhando como
uma turista. O centro comercial me lembra uma vinte cinco de março menos
movimentada. É bem antigo aqui, construções clássicas, muitas “Iglesias” – 52
para ser mais exata, uma para cada domingo do ano – e nenhum lugar para eu
tomar café!
- Fui ao mercado “10 de Agosto”,
tinham “muchas señoras cholas” (as bem tradicionais, parecidas com ciganas de
saias curtas) vendendo frutas, legumes e folhas. Comprei maçã, uva e amora, mas
nada de café! Depois de andar mais um pouco encontrei um pequeno restaurante
que a garota do caixa aceitou (a-c-e-i-t-o-u) fazer um café para mim. Por 50
cents tomei um enooooorme “chafé”. Que tristeza...café com água de
novo...frustrante! Muuuuuuito triste.....percebi que me sinto um caquinho sem
café...rsrs.
- Voltei ao hotel para
descansar e falar pela internet com o Di um pouco – S2...saudade! À tarde fui
“caminar” mais um pouco. Passei no “museo de sombreros” e claro, passei um bom
tempo provando eles para comprar um....lembrancinha!!
- Andei mais um pouco e
cheguei à Universidade de Cuenca e lá dentro encontrei o Centro de Cultura
Física...entrei! Havia estudantes esperando pelo inicio de uma palestra, “también
decidió esperar”, mesmo porque “comenzó a llover”. E foi chegando mais e mais
alunos e, quando começou....uma palestra sobre gastronomia – Jura??....rsrs.
Dei um tempo para parar a chuva e “volví al hotel”. “No camino, más una señora Chola
Cuencana haciendo pipi” em público....que coisa mais estranha! Essa abaixou a
calcinha, a saia cobrindo as partes intimas e pronto...xixi! E seus dois filhos
também....rsrs.
- Voltei ao hotel.....banho
quente.... “y después sopa con
ensalada de nuevo. Hoy, He ido a lo mismo lugar de ayer comer”, e pedi uma sopa
de frango. Para minha surpresa, havia uma enorme asa de “pollo” na
tigela (não eram pedaços era quase um “pollo” inteiro). Me “pregunté” como se
deveria comer aquilo com colher...Como?....rsrs.
- Falei com Di pela net à
noite no hotel e, por conta da assistência remota do MSN, “que él estaba ententando
hacer”, tivemos um pequeno problema no teclado do meu note. Quase morri do
coração, pois eu não conseguia digitar minhas senhas para entrar em nada. Usei
o PC do hotel e consegui solucionar o problema com meu super “enamorado, pero
estaba a punto de matarlo cuando regresó a Brasil”. Nos falamos mais um
pouco....com som eeeeee.....e fui deitar.
13/07/2010
– Martes – Cuenca
- Acordei e desci para mais
um “chafé com pan. Después cogió un
bus hasta Baños. Estúpida!” Pensei que Baños....fosse Baños....mas não era o
mesmo Baños “y si solo un barrio lejos con lo mismo nombre de la ciudad”. Na
ida passamos por um parque e decidi parar nele na volta. “Muy bello!!” Há um
rio que corta a cidade, tirei fotos e estava me sentindo bem nesse dia,
planejando fazer mais coisas.
- Desci no Centro Histórico,
andei algumas quadras até “La Plaza Dél Calderón” e sem querer vi o “Bus Turístico”
que tinha visto na internet, lindo, vermelho e imenso com seus dois andares,
parado na praça. A informação é que funcionava só a partir de “Miércules”, mas
lá estava eu em “Martes”, correndo para atravessar a praça e “cogi el bus”.....claro
que subi nele né!? Foram duas horas de passeio....muuuuuito legal.....e um sol
para cada um...ganhei um bronze....rsrs. Mas na parte mais alta da cidade,
quase morri de frio. Como Karen disse: em
“Ecuador vas a tener todas las estaciones del año en un mismo día!”...“Cierto!”...rsrs.
- Combinei com um agente de turismo, o mesmo que estava “hablando en el
bus” de ir a Chordeleg/Galáceos ou a Ingapirca na Quarta-Feira, “y iba llamarme
en el hotel”. Vinte e Cinco Dólares? Um abuso me disse “él chico que trabaja”
no hotel. Então me indico a ir de ônibus do terminal terrestre, e disse que
iria gostar mais de Ingapirca. Ok! A programação de “Miercules” já estava
decidida: Ingapirca!
- Fui mais tarde, nesse
mesmo dia e, na mesma rua do hotel que estava – La Calle Larga – ao “Museo”.
Era como uma miniatura de Ingapirca, construções Incas, além de toda a história
de Cuenca. Já era noite estava falando com minha mamita quando meu pai – super
moderno – chegou. Falei com ele com a cam ligada...ele é uma comédia mesmo!!
- Saí para comer e antes
telefonei em casa. “Yo solo habló 50 centavitos con mi mamita”, mas já pude
matar mais a saudade. Depois liguei para o Di, no cel enquanto trabalhava, mas
foi em vão, ele não me ouvia. Fui jantar no mesmo lugar – lanche de “pollo con
queso” – e, quando estava indo embora, percebi uma movimentação “en una plaza
cerca de ala. Me acerqué a ella, y
pude mirar una fiesta cultural en la iglesia”. Parei, “saquei” minha
câmera (super discreta) e assisti filmando uma celebração “super organizada”
(há há) na praça de uma das 52 igrejas de Cuenca. Sabe, me perguntei por que
eles teriam tantas Igrejas se nem rezam tudo isso...rsrs.
- Voltei para o hotel,
também com o fone que tinha comprado, mas não havia ninguém na net. “Di trabajando, mamita en sueños, entonces, dormía”.
- “Me desperté temprano, el mismo chafé con pan y cogió un bus hasta el
terminal terrestre”. (Ops...tah melhorando o espanhol...rsrs).
Comprei o bilhete e me lembrei de perguntar quanto tempo de viagem e a
vendedora me disse: “dos horas con quince minutos”. O que? Vou me dobrar mais
duas horas num ônibus? Jisuis! “Pero está bien”, vamos lá e ‘aproveitar’ é a
palavra agora. Ônibus e....Ingapirca!
- Na ida passei de novo por
Azogues, Bíblian, agora também por Cañas – que cidade bonitinha essa – e,
depois de exatamente 2h15, chegamos! Para entrar no passeio em Ingapirca – 6
dólares (caaaaaro!). A “chica” antes de mim disse à vendedora que 6 dólares era
muito para ela, que era estudante e, se poderia “tener un descuento”. A mulher
pensou, “piensó” e pensou, enfim deu um ok. Eu logo atrás de “pronto” disse: “hola, también soy
estudiante y estoy con ella”! Ebaaaaaa, desconto para mim também!
_ Ingapirca é muuuuuito
legal – pode se aprender um pouco sobre a vida dos povos Cañares e Incas, seus
costumes, tradições, deuses, solstícios, equinócios, muito legal mesmo. Valeu à
pena duas horas e “un quarto” de viagem! Na volta fui conversando com a mesma
garota estudante que estava antes de mim na entrada. Chama-se Lize, é francesa
e estuda medicina. “Es en el Ecuador durante cinco
semanas para volver a Francia la próxima semana, al terminar sus vacaciones”.
A
conversa foi muito interessante, pois temos “lo mismo” nível de espanhol e
conseguimos nos entender “muy bien”. Ao chegar “tomé un taxi hasta Calle Larga y acuerdémonos de si encuentra a
la sies en el Museo de Sombreros”.
- Cheguei ao hotel, pequei a
chave do quarto e o rapaz veio atrás de mim “preguntándose si había reservado
hasta mañana (Jueves)?” Eu disse que sim! Ele fez uma cara de ‘poxa vida, e
agora?’. Ele me disse que não sabiam que eu havia feito reserva até amanhã e
que por isso haviam retirado todas as minhas coisas do quarto, uma vez que o
check-in é até as 13h e já eram 16h. “Me sorprendió, creo
que he cambiado de color, desde que ya no sentía la sangre en mi cara, tiene un
sudor frío”. Disse que não acreditava, que era um desrespeito, “porque
había hecho bien en Internet, reserva, confirmación, confirmación por teléfono”....e
já estava chorando. Fiquei tão nervosa que não conseguia parar de
chorar. Eles pediram que eu falasse com a dona do hotel pelo telefone, mas eu
não entenderia no estado que estava, “Luego, cambié mi cuarto y las cosas
fueron organizadas en el equipaje”, nada bagunçado, mas me senti muito mal.
Pedi a Bernarda que avisasse a Karen para me ligar. Ela me ligou e “yo lloré
más”. Ela ligou para o gerente apesar de eu ter dito que não precisava. Logo
ele estava no meu quarto me pedindo desculpas. Foi uma situação muito
constrangedora. “Para empeorar las cosas creo
que Diego no estaba muy paciente, la primera persona que llamé – que era él –
yo sentía que no había mucha sensibilidad (uma pena....me deixou
mais triste). Tomei um banho e disse para mim – chega! – me troquei e
fui ao encontro de Lize e Igar (o israelita que estava dividindo quarto com
ela, que esta na América do Sul há 5 meses e que não fala espanhol!!).
- No “Museo de Sombreros conocí a Flávio”.
Ele
iria nos levar para sair naquela noite, mas antes íamos todos jantar. Esperamos por Flávio por “una hora y media, y yo estaba
con mucha hambre”. Saímos....chuva (que legal!) e fomos ao lugar
que comi todos os dias – Chicago Pizza. “Hicimos nuestros” pedido e, depois de
meia hora qual foi o único que não chegou? Claro, o meu! “Mi sopa de vegetales simples se estaba preparando en Brasil,
por supuesto, ya que no llega. Yo estaba nerviosa”, marquei o endereço
do bar que deveria encontrá-los, levantei e disse para cancelar a sopa.
- Voltei para o hotel já
P... da vida. Entrei na net para ver se melhorava os ânimos com o Diego. Fui
testar o fone com mic que havia comprado para falar com ele e....nada! Estava
quebrado. Fiz de tudo, “lloré de nuevo y nada”. Que triste! Que dia de “pero”...só
faltava o teto cair na minha cabeça. Desisti... “fue a bañar me de nuevo para salir”.
- “Cogí un taxi hasta La Mesa Bar”. Quando cheguei lá....que
surpresa....O lugar mais próximo daquilo que consigo citar é o ‘Bailão da 36’
perto da minha casa. Mas, enfim, a companhia que importava....e Flávio de
Cuenca (rsrs) estava na porta me esperando. Entrei e a aparência de dentro não
era muito diferente da de fora. Lá dentro....gringos com cuencanas e gringas
com cuencanos. O lugar era “pequeño y
caliente y se estaban bailando salsa y merengue". “Hablé mucho con todos,
Flávio, Igar y Lize. Hasta conocí un chico africano que ya vivió en Brasil, su sobrenombre
eras Banban”. Bom, para “cerrar la noche”, descobri que só se pode
beber álcool até a meia noite, e nos sábados até as duas da manhã....que
beleza....“jugo de naranja para si acalentar la fiesta”. Chamamos um táxi e eu
voltei para o hotel. Cansada, triste, mas ansiosa por ir embora de Cuenca e
poder fazer coisas novas com Karen. “Yá estaba muchos dias sola”.
15/07/2010
– Jueves – Cuenca/Quito
- Vou embora hoje de Cuenca,
“pero antes un pequeño passeo y un chao” para Flávio, além de um café expresso
no estilo brasileiro (só que caro – como 2 reais). Voltei ao hotel, arrumei
minhas coisas, tomei banho, falei com o Di um pouco, com meu fone funcionando
(troquei na “tienda”)...ele estava com friiiio e com sua rinite atacada –
tadinho!! Deixei minhas coisas na recepção e saí mais um tikinho por Cuenca. “Comí una ensalada, caminé un poco por el Centro
Histórico, regresé al hotel, recogí mis maletas y me fue al aeropuerto”. Cheguei
ao aeroporto às 14h “y me quede por 2 horitas hablando con Re, Di y mi mamita”.
Embarquei as 17h00 e cheguei a Quito as 18h00. A viagem foi bem mais rápida,
confortável e tranquila, além do mais pude ir “en la ventana”.
- Chegando à casa de Karen,
ela preparou um lanche para nossa “ceña”. Jantei com ela e seu pai. Comemos
“tortillas de verde”, salsicha de peito de peru, “dulce” de figo “con queso” y
café (café forte....ela quase acertou o estilo brasileiro!)....bom mesmo o
lanche da janta!!
- “Arreglamos nuestras
maletas en la noche para viajar hasta Minto temprano” e, enquanto isso eu
falava com o Di...creio que tivemos uma conversa mais séria que o normal....uma
típica discussão de relação... Talvez ele tenha se chateado com o que eu disse,
mas era verdade....Mesmo assim ....que saudade!! ....Dormi e, numa cama
gostosa...que bom!
- “Hoy desperté temprano",
ou melhor madruguei. Karen me chamou umas 5h da manhã. Tomei aquele banho
desregulado, pois a água sempre me engana, me troquei, desci, "hicimos los
sanduches" e o pai dela nos levou até o ponto de ônibus. “Fueran dos buses
hasta el terminal interparroquial", pois o que chamamos de municípios,
eles chamam de “parroquias” aqui. Lá encontramos Javier e, depois mais um
pinga-pinga de 2h até Minto. Ah, nosso café foi no bus, "sanduche con
yogurt", booooom! Mindo é praticamente um vilarejo e, há as belezas
naturais que rondam a cidade...cachoeiras, trilhas, viveiros de borboletas e
aves....coisas tipo assim....a minha cara (brincadeira)! O hotel é legal e vamos dormir os três no
mesmo quarto, uma cama de solteiro para mim, uma para Javier e Karen no meio na
cama de casal. “Bernarda, su esposo
Javier y su hirra Nicole ban a duermir en otro cuarto a cerca de nosostros. Ellos
llegaran un poco después de nosotros en el carro”. Chuva é o clima por aqui.
Abriu um solzinho na hora do almoço quando "nosotros" fomos para a
trilha das cachoeiras – mais uma vez reforço: a minha cara essas aventuras
radicais. Demos início a nosso "passeo de índio" (eu quase morrendo
por dentro – de medo, triste porque não gosto dessas atividades e com peninha
do meu Mizuno novo e caro de corrida...rsrs).
- Chegamos ao carrinho que
nos levaria até a outra montanha....quase morri! É um teleféricozinho....rsrs.
Atravessamos e começamos. Foram duas horas de dor por dentro. Estava morrendo
de medo de escorregar e cair naquele barro e, com dor no peito, pois não havia
ar suficiente para mim em toda aquela montanha. Para voltar, juntei todas as
minhas forças e andei....andei....andei até chegar de volta no teleféricozinho.
“Estaba cuasi muerta", mas sobrevivendo. Voltamos e fomos almoçar as 16h00
da tarde. Pedi um "almuerzo de pollo": uma sopa aqui do Equador de
entrada – Sancocho (sopa de milho, feijão, banana verde e batata) –
maravilhosa, “y di segundo” arroz, frango, banana doce e repolho. Hotel, banho
de torneira, um pouco de cochilo e net, mas nada do Di – triste – e, minha mãe
não consegue falar comigo direito, esta com problema no msn.....Ai como eu quero
minha casa!
- Demos uma volta pela “gran
ciudad". Quinze minutos já foi suficiente. Paramos para um
lanchinho..."ensalada" para mim, e experimentei “un poco di helado di
Guanabano y Taxo, que san frutas de aqui”, logo voltamos ao hotel. Desmaiei de tão cansada, e
foi até o dia seguinte.
17/07/2010
– Sábado – Minto/Quito
- Acordamos, íamos ver as
borboletas, mas Karen e Nicole preferiram "bajar" o rio. Eu, como uma
excelente aventureira da natureza...só fotografei! Voltamos ao hotel, arrumamos
as coisas e saímos para almoçar e ir embora. Ahhhhhhhhhhhhh...vamos no ônibus
das 15h30, para minha tristeza. Que triste ficar aqui mais uma hora e meia esperando.
Quero apenas ir embora, meu estômago dói.....deve ser de experimentar tantas
formas de banana verde (ou salgada, para os leigos...rsrs).
- Para minha felicidade
consegui falar um pouco com o Di enquanto esperava o bus....saudades....muita!
Eu realmente não sirvo para isso..... “viajar sola”. O ônibus saiu no horário,
chegamos a Quito e, foi mais uma hora e quinze mais ou menos até a casa de Karen.
Toda sua família estava lá e eu naquele humor devido à dor de estômago. Todos
aqui são muito gentis comigo....ainda bem. O banho foi desregulado de
novo...vou ter que fazer um curso para aprender a mexer no chuveiro
daqui....rsrs. Jantei um Shaguarma (um tipo de lanche árabe com frango) que a
mãe de Karen fez. Tomei remédio para o estômago que estava estragado e vim para
o quarto “hablar con Di. Hoy mi
sientí un poco extraño hablando con él, como si él estuviera más distante do
que la distancia mismo”. Não sei explicar, mas senti isso, contudo preferi não
falar nada e apenas me despedi, “una vez más con dolor en mi corazón. Mañana
temprano yo voy llamar el Call Center de TACA, para cambiar la fecha de mi
regreso. Quiero estar en mi casa antes de el planeado, pero aun no sé si es
posible”.
- Enquanto estava lendo,
acrescentando e reescrevendo, partes do meu diário de viagem, uma coisa para me
constranger....sem querer bati o braço no criado mudo e quase derrubei o vaso
de rosas, para salvá-lo derrubei meu note....shuif. Mudei o vaso de lugar e
apaguei a luz, continuei “escribindo y dos minutos más las rosas yá estaban en
el piso”. O irmão de Karen acordou assustado, veio ver o que era e eu não sabia
onde enfiar minha cara... “una hora de la mañana....que feo”.
18/07/2010
– Domingo – Quito
- Acordei cedo e a Karen me
chamou para ver os vulcões do terraço.....legal....e logo depois já estava na
internet. “Di me dio sólo un hola por la
mañana, pero yo también preferiría no hablar con él sobre lo que sentía ayer”.
Ele
ligou para mim na TACA, mas creio que para “cambiar las fechas, tengo que
llamar de aqui de Quito”. Fiquei um tempo escrevendo e esperando que Karen “si
despertasé. Después de el desayuno quedémonos por toda la mañana” na sala de
jantar fazendo nada mais do que mexer no computador, conversar, lavar a
louça....queimar a mão na água quente da pia.....e preparar o almoço. Falei com
minha mãe e, ela ligou para a Lucivânia....para? Hum, para que eu pudesse dar
para a Karen o livro “A Hospedeira” (que é da Lu e eu levei para ler). Lá os
livros são muito caros e, mais ainda se for em outra língua (como o português).
Com esses preços de livros eles devem ler um mooooonte....rsrs.
- “Un poco más tarde empecé a sentir un poco mal.”, pois queria sair, conhecer
lugares, passear e até pedi a Karen que me desse “las direciones que yo iba
sola, pero nada aconteció, Nuestro almuerzo estuvo bien. Comimos
corvina (peixe) en salsa blanca, maiz tostato y mote” (milho daqui)....gostei! Conversei
um pouco com a mãe e a irmã de Karen, mas nada foi dito de fazermos algo, como
Karen havia planejado. Ela havia feito tantas programações e não fizemos nada. “Tres de la tarde yo estaba más triste de lo que pensaba
se quedó en su casa, pero cómo decir que me quería dar un paseo, ya que él
había dicho que me explique dónde estaban los lugares que fue sola a no
molestarla”.
- Enfim, “después que ella llamó TACA para mi, conseguí hablar que no
estaba sientindome muy bien con la situación”. Subi para arrumar
minhas coisas, pois já estava pensando em ir embora na Segunda-Feira mesmo. “Su papa mi llamó para bajar en la sala y estaba con
Maria su esposa para tenermos” uma conversa. Me disseram que
deveria estar tranquila aqui e, que eles queriam meu bem, que eu ficasse até na
Quinta-Feira. Tentei (usando todo meu espanhol) explicar a eles a situação que
estava passando, meu desgosto com esta viagem desde seu início, uma vez que
houve uma enorme troca de planos, sem que eu tivesse culpa. Enfim, conversamos,
seu pai falou muitas coisas boas e também doloridas, “pero yo me sienti mejor”.
- Creio que se não fosse por
eles eu teria “me quedado todo el dia em la casa, con la internet acendida,
pero ellos me llebaran para un passeo por Quito”. Fiquei um pouco triste por
Karen “no hacer lo que ha prometido”, os lugares que disse que iríamos, os
passeios....fiquei mesmo triste. “Pero
ahora ya estoy mejor. Lo paseo me hizo bien, y estoy mejor”. Agora
já sei que se quiser fazer algo tenho que dizer eu vou!
- Nosso passeio foi legal.
Fomos Karen, seus pais, seu irmão Andres, sua irmã Fernanda “con los niños
Joseph, Jocelyn y Annete”. Passamos por uma igreja onde há todos os animais do
Equador nas pontas das torres como estátuas, “y el encementério abajo de la
iglezia”, uma praça na frente da casa do presidente (gay...rsrs) do Equador e
do governador de Quito – “son vecinos. Tambien fuimos a una calle llamada La
Ronda....graciosa”. Bebi “canelazo de naranjilla” (bebida quente de cana
mesmo...rsrs), tiramos fotos, cantamos no carro e depois voltamos.....Banho
“caliente-helado”....não tem jeito mesmo! “Su hermana más vieja, con sus tres hijos se quedaran aquí
para dormir. Hicimos una cena todos juntos y ahora estoy en internet
esperando....pero creo que él (S2) no vas aparecer”. Não
sei o que pensar....parece que não é a mesma pessoa que ficou lá no
Brasil....um pouco diferente. Fazer o que? Esquentar a cabeça? “No puedo, ya estoy con muchas cosas a piensa aquí sola,
entonces mejor no piensa!”.
- Eu e Karen madrugamos de
novo. Estava ainda chateada e nem senti o cansaço e a dor da queimadura na mão.
Fomos todos, Andres, Erika, Karen, Fernanda e seus três filhos no mesmo carro
(imaginem!) para seguir seus destinos. Karen e eu descemos na “parada de bus e cogimos un bus hasta otro local
para coger un taxi. Llegamos temprano hasta su escuela de portugués”. IBEQ
é o Instituto Brasileiro Equatoriano e lá estão seus amigos, fazendo português
também. Conheci sua professora brasileira – Cibele que é do sul do Brasil – e
participei da aula. Depois tomamos café brasileiro e nos dividimos nos carros
para seguir rumo ao teleférico. Antes paramos em um supermercado para “coger
panes, jamon e queso para hacer sanduches en nuestro pic-nic cerca de el
volcán”.
- “Llegamos al volcán (Rucco Pichincha) e teniamos que comprar tickets para
ascender por el tereferiqo (com Q porque está em Quito): para nacionales U$
4,90 y para extranjeros U$ 8,50”. Fizemos um bolo na frente da
bilheteria, um tal de um pegar documento, e outro que esqueceu no carro, que no
final das contas eu me passei por equatoriana e entrei pagando o preço mais
baixo...a condição – não poderia falar, para que não percebessem que sou
estrangeira. Estávamos Karen, Andrea, Javier, David, Carolina, Ricardo,
Bernarda, Paulo e eu.....todos equatorianos....rsrs.
- “Después de una hora esperando ascendimos al volcán. Cuasi quince minutos
para llegar arriba, pero la vista es muy rica. Muy...muy helado arriba, pero Karen
me prestó ropas propias”. Quando já estávamos todos lá, procuramos
um lugar para nos sentar e lanchar. Andei por quinze minutos no máximo e já não
conseguia respirar.... também pudera....no Equador e ainda a 4.100 metros de
altitude....claro que vai faltar ar!!! “Encontramos un lugar para sentarnos y comenzamos a hacer nuestros sanduches
de jamón con queso”. Demos muitas risadas, filmei, tirei fotos, foi
divertido. Estávamos cercados pelos vulcões – Cayambe, Antizana, Cotopaxi, Los
Illinizas, Guagua Pichinchi (que por acaso é ‘filho’ de ‘Papa Cotopaxi’ e tem sua
‘Mama Tunguhau’ em Baños.... “chévere no”....todos a nossa volta inativos
obviamente. Descemos depois de uma hora e meia lá em cima e foi realmente muito
legal. Os amigos de Karen são muito legais.
- Bernarda nos deixou próximo
do mercado de artesanatos, “pero yo debia cambiar un billete de cien dolares
para hacer compras. Así, quedémonos
como una hora, más o menos, en el banco. Después de cambiar el billete fuimos
al mercado y yo me quedé un poco avergonzada una vez que Karen pidió a todos
los vendedores para bajar los precios”. Era muito engraçado, pois
ela sabe pechinchar muito bem, na verdade acho que todos sabem fazer isso aqui.
Chegávamos a uma barraca e ela dizia 'a cuanto', eles davam o preço e ela dizia
'y a cuanto nos da para llevar', eles baixavam o valor e ela dizia outro valor
mais baixo ainda....era uma discussão de valores...ela alegando ser equatoriana
ou “paisana” e que assim deveriam fazer mais barato.... “muy chistoso”.
- “Después de una hora y media en el mercado, fuimos cerca de su casa para
hacer un lanche en shopping y después regresar a su casa. Regresamos a su casa,
arreglé mis compras de artesanías y fue bañarme luego después de ententar”
avisar a minha mãe e ao Di que estava na net – sem sucesso! “Hoy yo tuve minos
problemas con la ducha o regadera. Si se calentó y después se enfrió. Yo cerré
la llave de la ducha, espere e comenzó de nuevo. Ahora estaba caliente, cuasi
tan caliente que no conseguí quedar en la agua.....es un gran problema. Pero
estaba, mas facil y mejor”.
- Falei com a minha mãe (se
duplicou o pedido de compra dos livros que fiz por aqui no site do submarino,
que saco!). Mas ela vai resolver....linda secretária....rsrs. Quando comecei a
falar com o Di o quarto que estou dormindo na casa da Karen começou a ficar
movimentado demais para uma conversa mais séria na net. Desci para a sala de
jantar e continuei a conversar com ele. “Yo estaba un poco molesta con él, una vez que habló conmigo a los dos días
solo un poco, no envió correo, un recado, nada”. E um pouco difícil
isso.....mas é melhor pensar que estou sensível pela viagem. Quando saí da net
já estava um pouco mais animada com ele e, combinando de ele buscar meu carro
em Araraquara para que possa fazer sua mudança em SP e, que também possa me
pegar no aeroporto. Bem, vamos ver.....
- O dia foi bem
produtivo...acredito que Karen tentou compensar o domingo que ficamos quase o
dia todo em casa....senti-me bem hoje....e quando deitei....dormi rapidinho.
20/07/2010
– Martes – Quito
- Acordei cedo de novo....morrendo
de sono ainda. 'Fuimos de carro lleno
de nuevo para nuestros destinos. Karen y yo quedamos en la parada de bus de
nuevo para ir al IBEQ. Y ala después de la clase acuerdémonos de ir al cine
mirar la película Eclipse a las 5 de la tarde”. Eu e Karen andamos um
pouco a pé pelo norte de Quito e pegamos um ônibus (pouco demorado) até a loja
de ferramentas de seus pais. “Desayunamos,
esperamos un poco y fuimos hacer una cobranza para su papá”. Fomos
ao ‘corcovado de Quito’....muito bonito....da para ver toda a cidade lá de cima
e há uma estátua imensa da Virgem Maria (de Quito) de braços abertos que se
acredita cuida do ouro no interior da montanha (há há). “Yo
estaba muy cansada y necesitaba un baño, a punto de morir en el coche, pero
ella no volvió a su casa para que yo pudiera tomar un baño”....isso
é o que mais sinto falta aqui....banhos regulares....rsrs.
- Fomos ao shopping (Quicentro)...
“después de caminar mucho, ir a una librería (como los libros son caros
aquí!)”, lá eu conversei com Karen....que ela precisa falar mais comigo,
perguntar o que eu quero fazer ou deixar que eu faça as coisas sozinha então.
Pois não quero sentir que estou atrapalhando, mas infelizmente sinto! Fomos
para o Cinemark (sem banho ainda!) e lá encontramos o pessoal do Português –
Carol, Rick, David, Andrea, Javi. Comi Mc Flurry de Tango (que aparentemente só
vende aqui), depois entramos no cinema, compramos pipoca e fomos ao filme. “La película estaba en Ingles con subtítulos en español
para dejar fácil mi comprensión....bueno!”. Assisti pela segunda vez
Eclipse, mas claro que foi bem legal ler as legendas em espanhol e
entender.....rsrs.
- Karen e eu voltamos, mas
antes deixamos o Rick em sua casa. “Llegamos,
hablé un poco con su mamá y.....net....nadie...ni mamá...ni Di. Ya
estas muy tarde en Brasil”. Tomei banho e musicas em espanhol enquanto escrevo
meu diário de viagem. “Necesito hacer
unas pequeñas correcciones ya que pude leer un poco de español en la película
hoy”.
21/07/2010
– Miércules – Quito
- Mais uma vez acordar cedo,
pegar o ônibus, Táxi e IBEQ. “Hoy no
he visto a toda la clase porque estaba esperando para hacer el café en la
escuela”. Conversei um pouco com a professora deles (Cibele) e
participei do final da aula – estavam fazendo a leitura de um texto de Machado
de Assis: A Cartomante. Carol estava na aula com sua cachorrinha....que fofa,
ficou quietinha. Terminando a aula ficamos conversando um pouco e, “Karen,
David y yo fuimos a la Mitad del Mundo”, a famosa linha do Equador. Muito
legal. “Tomó muchas fotos”. Fomos também a outro vulcão que já entrou em
erupção a cerca de 800 anos e que agora é uma reserva geobotânica – o Pululahua.
Além de maravilhosa vista, moram pessoas dentro dele....demais!
- David nos deixou no terminal terrestre e
mais uma vez ônibus. “Estoy traumatizado
en bus, y para empeorar las cosas esto sucedió alrededor de 2 horas en llegar”.
Fomos
para a loja de seus pais. Lá almocei, falei com mina mãe (o Di já havia passado
por Araraquara para pegar meu carro), e fui ao supermercado. “No puedo ir sin tener chifles a Brasil. También compré
otras cosas... dulces para doña María….”. Voltei à loja e
maaaaaaaaaaaais uma vez, ônibus para ir à casa da Karen. “Carol y Rick llamaran para hacer arreglos para ver una
película”.
- Cheguei, banho….e uma boa
noticia…a Josy deixou um recado no msn que eu havia passado para a segunda fase
na prova de monitor do SESC…eeeeeeeeeeeeee….o Di também passou na prova dele.
Falei com minha mãe, que estava tão feliz quanto eu e o “casal vinte” chegou
(rsrs). “Estábamos haciendo los
preparos para la película. Se han unido palomitas y aperitivos, pero yo me
quedé con la papaya...tuve un poco de dolor en el estómago”. No
meio do filme o Di entro una net….conversamos....sério....mas nem estou mais a
fim de escrever sobre isso.
- Subi, arrumei minhas coisas e logo devo dormir, já que “mañana tenemos el
desayuno en las clases de portugués para hacer mi despedida... bueno me
despido!”
22/07/2010
– Jueves – Quito
- “Me desperté temprano, antes de Karen me llamó. Fuimos a la IBEQ y tan
pronto como Cibele terminó las actividades, nosotros desayunamos, todos
juntos”. Foi muito legal. Eu me senti muito bem e querida. Os
amigos de Karen perguntaram se eu tinha ido a tal lugar....comido tal comida e
eu disse que não. E eles disseram que não foi uma boa anfitriã. Penso que ela
foi muito carinhosa comigo, mas tenho que concordar que poderíamos ter feito
muito mais coisas. Primeiramente, ela poderia ter se organizado melhor, mas
tinha tanta coisa na cabeça que ‘meu’ passeio (que não tem nada a ver com ela)
ficava em segundo plano. Foi muito carinhosa sim...e muito hospitaleira, mas
não conseguiu fazer comigo metade do que eu pensei que iria fazer...é uma pena!
- Esperamos terminar o “pico
y placa”, por causa do carro do Rick (parecido com o sistema de placa de SP) e,
fomos com Carol e sua mãe até o Vale do Chillos, onde mora a Karen. Cheguei,
falei com a Re e minha mãe e sub para um banho. “Sería mi último baño demasiado
caliente, demasiado frío y yo estaba muy
contento con esta idea.... el último!”. Arrumei minhas malas, a
Karen fez um “chafézinho” para mim, escovei o cabelo dela e, logo seu pai
chegou. “Pregunte por el padre
de Karen para llamar a la tienda a decir adiós a María (el teléfono es un poco
malo para mi español... rsrs)”. Malas no carro e….rumo ao aeroporto.
- Despedi-me de Joaquim e de
Karen. Apesar da extrema felicidade em ir embora, senti uma pontada de dor no
peito, pois fui bem tratada na casa deles e sei que sentirei
saudades.....Entrei no aeroporto e foi uma vida para a TACA abrir seus guichês.
“En el check-in me enteré de que tendría que pagar
impuestos hasta el aeropuerto - $ 40 - imaginar mi sorpresa. Y si me había
gastado todo y no tenía nada reservado..... la empresa no me informan en
Araraquara y, por supuesto voy a enviar un correo electrónico hablando de la situación....es
obvio”. De
novo uma fila absurda para passar a sala de espera....uma organização isso aqui
Jisuis!!!
- Liguei meu note quando
entrei na sala de espera e comecei a conversar com a Josy....penso que não tem
jeito mesmo....nós duas....ela não me quer como participante de sua vida....e
nada mais posso fazer. Logo as 17h30 já começaram a anunciar o vôo e eu apenas
esperando que esse não se atrasasse como o da minha chegada, uma vez que tenho
uma conexão, de 50 minutos apenas, em Lima. Em lima foi tranquilo, apenas tive
que deixar uns artefatos de manicure no aeroporto, pois fui barrada...rsrs.
Levantamos vôo com uns 20 minutos de atraso....mas já é melhor que 1h... “En el avión me encontré con un equipo de fútbol juvenil
en Lima / Perú. El entrenador pasó parte del viaje hablando conmigo .... y yo? Uhuuuul
.... conseguirlo ... casi el 100% de lo que dijo”.
- Aterrissamos no Brasil as
4h45....que maravilha....só 10 minutos de atraso. Desci, fui até o Dutty Free
para comprar o tal vinho ‘Carrileiro del Diablo’ para a Rê.....mas não tinha! “Yo me quedé sólo un poco en Dutty Free, combiné con Di
18:15 en la terminal de llegadas internacionales…..5:30 salí y llamé a mi
madre, le pregunté a su llamada para decir dónde estaba Diego”. Viiiiiiiiiiiixe,
esperei ele até quase 6h30....mas enfim chegou....todo arrumadinho....ahhhh que
liiiiindo....meu “shunguito” (= corazoncito em Quichua....linguagem indígena
local). Como eu estava morrendo de saudade....m-o-r-r-e-n-d-o mesmo. Ele, todo
fofinho me deu um presente....que quando eu vi o pacote apenas disse.... ‘hum
acho que já tenho isso!’.....Sim...eu já tinha o livro ‘Lua Azul’, comprei lá
do Equador mesmo....rsrs....mas a gente troca.... “no ha problema”. Também me
deu um cartão ‘á escrever’....rsrs....e, eu devolvi para que escrevesse.
- Eu ainda ficaria em SP na
sexta, sábado e domingo, por conta da especialização de Pilates, assim, só
veria meus pais, minha irmã, minha casinha, meu chuveiro e minha caminha no
domingo, “aiaiai” (= dor em Quichua). “Pero bien, Di y Re estában allí para
matar la nostalgia, y también iba ver a los colegas de Pilates ..... lo peor
que se conducía de regreso a Araraquara”, mas vamo que vamo.....rsrs. Dali, do
aeroporto, eu iria comprar um novo celular, trocar meu livro, ir para a Re
e....enfim descansar para recomeçar minhas atividades, minha vida turbulenta, “un
año más hasta que mis próximas vacaciones”. Bom, vou tentar retomar as aulas de
Francês “ahorita mismo” e quem sabe meu próximo diário não seja.... “Un pequeño passeo em Francia”.....quem sabe né!!??.....HASTA
LA VISTA AMIGOS…..
Resumidamente....pois
creio que meu diário já descreve boa parte das minhas sensações e pensamentos
sobre essa viagem....foi uma nova experiência...diferente, mas não creio que
foi tão interessante, emocionante e plena como eu gostaria, como eu sonhei que
poderia ser. Sim...a culpa foi minha, já que EU é que estava viajando e era
responsável pelas minhas ações, escolhas, decisões.....mas, infelizmente tive
atitudes erradas desde o início, desde o momento em que aceitei o convite de
Julio para ficar na casa de sua mãe no Equador (para ter menos gastos com a
viagem) e atingir meu objetivo....experimentar um pouco de Espanhol (esse foi o
grande erro....aceitar sem ter certeza....acreditar em alguém que infelizmente
não foi sincero). Quase nada do que planejei antes da viagem deu certo.....e
durante a viagem tão pouco.....Mas serviu como experiência...aprendizado....e
isso é o que vou levar comigo para sempre. Nessas situações aprendemos mais
sobre os lugares, sobre igualdades e diferenças, sobre peculiaridades
culturais, sobre as pessoas que não conhecemos e também sobre aquelas que
conhecemos. Aprendemos especialmente sobre o valor que damos ou não ao que
temos e ao que somos....mas aprendemos especialmente SOBRE NÓS MESMOS! Eu sou
Juliana, amo minha família, meu namorado e as pessoas especiais que me cercam,
amo meu trabalho, amo meu cotidiano, meu português caipira, minha vida de
cidade pequena, as refeições que faço, as crenças que tenho, meu chuveiro e até
o trânsito absurdo de SP (rsrs) e não poderia deixar de colocar que AMO MEU
PAÍS!!!
Beijos Especiais....
Desculpem a falta de tempo....
Boa Noite a todos!!!!
Juliana
Frâncica Figueiredo