quarta-feira, 3 de abril de 2019

Da coragem de renúncia: entre o querer e o dever

Escrever....pois aqui eu consigo me soltar....
Sabe, passei dias complicados com minha razão, minha emoção, meu dever, meu querer...."galera" fez uma zona aqui dentro de mim, porque eu permiti, claro, mas agora preciso arrumar essa bagunça e retomar a vida. 

Prometi! Prometi que acabava hoje! Me dei um tempo para passar por essa desordem mental e emocional, me permiti isso. Não sei se por pena de mim mesma, se por vaidade ou simplesmente para que doesse o suficiente para que eu aprendesse com essa dor. Mas, eu me entristeci, muito! E, vai passar....

Eu fiquei dias justificando uma escolha e, até agora não sei por que, ou para quem. Eu recusei um cargo que eu gostaria muito de assumir, e, pela quinta vez. Não, eu não sou fodona, apenas fico numa lista e quando surgem oportunidades eles me ligam e oferecem. Já são três processos seletivos em uns nove anos e, há uns sete me ligam oferecendo vagas. Infelizmente, todas as vezes que me ligaram nesse tempo, eu não consegui assumir o bendito cargo; até porque, há sete anos (se eu contar a gestação), tenho crianças em minha vida....

A primeira vez em que fiz o processo seletivo para o cargo, eu me frustrei muito, pois achei que tinha condições de ser chamada, mas me ligaram só 2 anos depois, quando eu havia descoberto a gravidez da minha primeira filha. A unidade era longe, eu estava grávida e, meu namorado (que hoje é marido), havia acabado de se mudar para minha cidade. Processo caducou depois disso! No segundo processo, fui bem na primeira fase, passei e na segunda fase tive uns inconvenientes, que acredito, atrapalharam meu desempenho na prova. Primeiro, precisei deixar minha filha por cinco dias, aos cinco meses, pois tive um treinamento e, na sequencia teria o processo de seleção (ambos em SP). Além disso, uma grande amiga teve uma queda e caiu, fraturando os dois pés. Passei quase 2 dias inteiro no hospital em que ela estava na véspera da prova. Não, não fui bem e, ganhei um REPROVADO! Para um cargo do qual eu já havia sido aprovada anteriormente. Momentos.... Há 3 anos, menos até, outra oportunidade. Passei em todas as fases e fui chamada logo de inicio com vagas em SP, recusei. E, assim foi durante as demais ligações que me fizeram, recusas! Na ultima, no entanto, tive a chance de ir morar em Campinas (cidade em que meu esposo trabalha e passa parte da semana), mas eu precisei pesar de novo. Resolvi ficar! 

Fiquei e, foi pelas minhas filhas. Minhas duas filhas pequenas que precisam do contato com os avós e de um tempo de qualidade, tanto meu, quanto do meu marido. Reuni toda minha coragem e resolvi ficar. Mas, eu fiquei por elas e só! 

No dia eu estava resolvida e até satisfeita com minha escolha, mas nos dias que seguiram.... aquela recusa doeu, me casou mal estar. Passei alguns dias tendo esperanças de que meu telefone tocasse e, que a cidade vizinha à minha tivesse uma vaga para mim. Mas não tocou. Além disso, minha amiga, que tanto gosto, aceitou uma oportunidade de assumir o mesmo cargo e vai embora para longe.... Caramba, como a decisão dela pesou mais ainda sobre a minha (incrível!). Eu não sei se foi porque ela teve a coragem que eu não tive (mas, vale mencionar que, ela não tem filhos, então tem mais é que ir mesmo), ou se foi porque eu não vou ter para quem chorar as mágoas da minha própria recusa do cargo. Enfim, doeu! Foram dias de choro, de insonia, de ausência em pensamentos, de conversas contínuas com minha consciência, oras ela alimentando minha dor, oras eu dando bronca nela....inúmeras divagações....

Acho que eu contei a mesma história para inúmeras pessoas durante a semana, falando da minha escolha, meus motivos....um pouco para escutar opiniões, um pouco para escutar pessoas concordando comigo e me dando apoio, um pouco para que eu ainda pudesse manter esperanças de um novo contato para uma vaga no cargo.... foram N coisas....mas elas precisam encerrar aqui, junto com esse texto, esse desabafo, essa pequena história desse momento da minha vida 

Essa dor vai passar, a vida vai seguir, e, eu vou continuar fazendo o que eu gosto da melhor forma possível. Ontem no Centro Espírita (que sempre me cai como uma luva), a palestra era sobre reclamar menos e agradecer mais, inclusive, ser grato pelas dores, pelos desgostos, sofrimentos e angustias, pois eles são provações que nos fazem aprender a ser pessoas melhores na vida. Então, obrigada. E, aproveito para agradecer ao universo, por ter me vestido tão bem de mãe!

Agora eu espero apenas empatia dos outros, resiliência e paciência da minha parte, pois às vezes, é preciso renunciar para não perder!



 



  

 

TERMINO POR AQUI, COM A ESPERANÇA DE QUE AMANHÃ SEJA UM NOVO DIA E, QUE EU PASSE POR ELE SATISFEITA. OBRIGADA AOS AMIGOS....E, AOS LEITORES DE HOJE, ESSA É UM POUCO DA MINHA HISTÓRIA, MAS BEM POUCO MESMO.....BJOS E BOA NOITE

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